A espécie humana é dividida em duas categorias (que nós resolvemos chamar de sexos): masculino e feminino. Simples assim, certo? Não, nem tão simples. Essas duas classes distintas insistem em ser tão diferentes quanto são iguais, o que pode tornar qualquer teoria a respeito das mesmas um pouco confusa. Mesmo assim, baseada em observações e dados colhidos nos poucos anos que já me couberam viver, eu resolvi arriscar um breve estudo sobre estes seres tão paradoxais.
O que viria a unir, ou separar, os dois pólos do ser, o feminino e o masculino? Bem, ambos tem apetrechos básicos de ser humano, ou seja, cabeça (e os acessórios que acompanham), tronco, membros, e essas coisas que competem à área anatômica. Mas logo ai lembramos a primeira diferença: não existiria um certo... instrumento que não se assemelha entre homens e mulheres? Na verdade, eles receberam uma caixa inteira de ferramentas que foram feitas pra diferentes fins.
A nossa língua portuguesa é outra que por vezes junta e por outras diverge as criaturas machos das fêmeas, mas ai nós entramos no campo gramatical e isso pede mais explicações do que meu pouco humor permite fornecer, então vamos para os exemplos rápidos. Juntam: o artista e a artista, o jornalista e a jornalista, as criaturas. Divergem: materno e paterno, dama e cavalheiro. Além do mais, por que os plurais são sempre levados para o masculino? O machismo se reflete até mesmo no vocabulário!
Depois disso é possível recorrer aos estereótipos na hora de confirmar uma diferenciação. Por exemplo, os homens são fortes e as mulheres delicadas, os homens governam o mundo e as mulheres o decoram (viva o nosso senso de estilo), homem assiste ao futebol na tv e mulher assiste à novela, homens fazem sexo e mulheres fazem amor, homens não choram e mulheres não poderiam ser mais sentimentais, homens dirigem bem e mulheres são péssimas motoristas, eles são de Marte e elas são de Vênus, entre incontáveis outras baboseiras que em geral não passam de senso comum e preconceito.
Esse estudo tão superficial (e instantâneo) a respeito da relação entre os sexos só me leva a concluir que na verdade não há o diferente e o igual pré-estabelecido, isso só acontece por convenção do que alguém um dia disse. Homens e mulheres podem ser diferentes ou iguais dependendo da cultura, da vontade dos mesmos, dos tempos em que são comparados. Não cabe a mim ou a qualquer outro julgar o que é e o que deveria ser quando tratamos de coisas tão complexas quanto os seres humanos e essa divisão categórica que nós decidimos atribuir a eles.
Nenhum comentário:
Postar um comentário