terça-feira, 31 de julho de 2007

Fábula


Era uma vez, há muitos anos, em uma dessas florestas de que já não se tem notícia, uma comunidade de sapos que habitava um dos lagos da região. Eram sapos muito simples em sua desordenada atividade de sobreviver. mas, um dia, um desses sapos, muito jovem e também ganancioso, decidiu ir-se dali, morar na capital.

E foi com uma pequena trouxa nas costas, coragem e nada mais. Na cidade estudou e aprendeu também as malandragens necessárias para vencer na vida, mas ali, entre tantos sapos malandros e com a gigantesca cidade a podar-lhe os sonhos, ele não poderia ser importante. Resolveu voltar para a floresta e, ao chegar no lago, foi recebido com grande alvoroço por ter estado na capital, onde, dizem, os sapos devoram-se uns aos outros. Foi entao que este sapo, agora cheio de astúcia, viu sua oportunidade junto àqueles sapos ignorantes:
Meus queridos companheiros sapos, na cidade eu aprendi muitas coisas e descobri que um líder é essencial para que nos desenvolvamos, por isso voltei. Agora que sou um sapo instruído, serei seu líder e trarei o progresso para nossa comunidade.

Os sapos, ingênuos, aceitaram sem contestar, saudaram-no até. O desenvolvimento veio de fato. O lago virou capital, surgiu a divisão do trabalho, depois a divisão de classes, e o novo líder de tudo se favorecia. Porém, um dia, morreu o grande líder sem deixar sucessor e sem ensinar a ninguém as artes da malandragem. Quanto aos pobres sapos do pequeno lago na escondida floresta, acabaram por devorarem-se uns aos outros na ganância e ignorância do poder.


(Fortaleza, Dezembro de 2005)

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Pride and Prejudice


Orgulho e Preconceito, o livro não o filme, foi escrito por Jane Austen e publicado em 1913 tendo sido recusado pelos editores anos antes. Particularmente, eu não me surpreendi muito ao tomar conhecimento de tal fato. Quer dizer, o livro não é mesmo essas coisas todas... mesmo naquela época as pessoas acharam isso. No entanto, um pouco antes de Orgulho e Preconceito ser publicado, Jane conseguiu emplacar outro romance (que eu como péssima pessoa que sou esqueci o nome e não vou procurar de novo) o que provavelmente abriu as portas para o anteriormente-recusado-atual-clássico da literatura inglesa. Mas é claro que gostar ou não do livro é absolutamente pessoal.

Motivos pessoais que possivelmente me levaram a não gostar de Orgulho e Preconceito de Jane Austen:
  1. Apesar da mensagem ser universal e eterna (blábláblá), a roupagem está por demais ultrapassada para que as devidas adaptações temporais sejam feitas facilmente - afinal, 1913! Faz quase um século!!!!!
  2. Eu nunca gosto dos "mocinhos(as)", mas eu gosto de não gostar deles e, principalmente, eu gosto de não gostar deles pelos motivos certos! Já neste livro eu realmente gosto do mocinho (Mr. Darcy) e, embora eu não goste da mocinha (Elizabeth) , isso se deve ao fato dela ser muito, bem... "defeituosa" e não por ser perfeita demais (como é de costume)
  3. O livro é um tanto quanto... parado! Lento! - o bastante pra minha mãe desistir de ler no capítulo 15 (são 61!)
  4. Eu sempre confundo Orgulho e Preconceito com Crime e Castigo (do Dostoievski) - eu não consigo nem lembrar o nome do livro direito....
  5. Eu sou incrivelmente chata e difícil de agradar - motivo principal!!!

De qualquer forma, o livro é, como eu disse antes, um clássico da literatura inglesa e vale a pena lê-lo, mesmo que seja só para tirar as próprias conclusões a respeito.

NOTA: A família Bennet (pai,mãe e cinco filhas em idade de casar) mora em uma cidadezinha da Inglaterra. Uma grande propriedade do condado/cidadezinha é comprada por um jovem muito rico que para lá se mudo com suas irmãs e seu amigo ainda mais rico que ele.
Filhas em idade de casar + jovens vizinhos muito ricos... entenderam?!?
ROMANCE ROMANTICO

P.S.: agradeço a minha amiga Lana por ter me emprestado o livro e me possibilitado ingressar na carreira de crítica literária - apesar de eu tê-lo feito de forma tao incrivelmente desastrosa!